sexta-feira, 2 de julho de 2021

 

TEMPERATURAS RECORDES NO CANADA É SINAL DE QUE O AQUECIMENTO GLOBAL É UMA REALIDADE




Acompanhando os noticiários internacionais, fiquei estupefato lendo uma reportagem publicada pela BBC NEWS relatando os impactos nefastos das ondas de calor recorde que atingem o hemisfério norte, a exemplo do Canadá. Na última terça feira, 29 de junho, o jornal britânico noticiou que na região de Vancouver e norte dos Estados Unidos a temperatura alcançou os 49.6 graus Celsius, a maior já registrada na história. Que diante desse calor escaldante incêndios haviam consumido florestas e residências forçando a população a fugir para áreas mais seguras.

Além do mais, já havia registros de mortes de centenas de pessoas vitimas do intenso calor. O fato é que não é a primeira vez que o hemisfério norte, acostumado com temperaturas quase glaciais vem sendo repetidamente acometido por ondas de calor semelhantes as do deserto do Saara. Há poucos anos a região da Califórnia, Portugal, Austrália e outros tantos países viveram situações quase apocalíptica, com incêndios gigantescos que consumiram milhões de árvores e centenas de vidas humanas. Cabe aqui registrar que o norte da Califórnia continua sendo consumida pelo fogo em decorrência das fortes estiagens.

Na própria reportagem da BBC NEWS as opiniões dos climatologistas e outros estudiosos do clima eram quase consensuais, admitindo que tais fenômenos climáticos extremos têm relação com o aquecimento global.  A queima de combustíveis fósseis, bem como a devastação de milhões de hectares de florestas tropicais todos os anos está liberando para a atmosfera toneladas de CO2 responsável pelo efeito estufa, composto químico esse fundamental para profundos desequilíbrios no clima do planeta.

O fato é que tem gente que não acredita que tais mudanças climáticas estejam ocorrendo no planeta. Enquanto no verão do hemisfério norte o calor escaldante está levando ao desespero milhões de pessoas, no hemisfério sul, no Brasil, em especial, uma estiagem histórica compromete a agricultura, o abastecimento humano e a produção de energia elétrica. Tanto no norte quanto no sul do planeta, tais fenômenos climáticos se dão em um momento onde os índices de devastação da floresta amazônica alcançaram patamares recordes.

Se há alguma relação da perda da cobertura vegetal com os impactos no clima global, os estudiosos do setor não têm mais dúvida.  As cúpulas do clima realizadas periodicamente, a exemplo da COP15, que ocorreu em Paris em 2015, os reflexos dos acordos assinados entre os países participantes são quase imperceptíveis. Os países mais industrializados como o Japão, China, África do Sul, Índia, Austrália, Inglaterra, Estados Unidos, etc, ainda utilizam o petróleo e outras fontes fósseis como matrizes energéticas.

A pandemia do COVID 19 pode ser utilizada como justificativa por muitos países ao não cumprimento das metas climáticas. O problema é que já estamos no final da prorrogação, como de uma partida de futebol, cujo tempo normal acabou. Ou tomamos consciência de que devemos mudar nossas atitudes junto a nossa mãe terra, ou teremos um destino trágico como de outras espécies que sucumbiram também devido a fatores climáticos, como os dinossauros.   Se as médias das temperaturas do planeta continuar aumentando como vem acontecendo nos últimos anos, as chances são mínimas de a humanidade chegar ao próximo milênio.   

Prof. Jairo Cesa

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