TEMPERATURAS
RECORDES NO CANADA É SINAL DE QUE O AQUECIMENTO GLOBAL É UMA REALIDADE
Acompanhando
os noticiários internacionais, fiquei estupefato lendo uma reportagem publicada
pela BBC NEWS relatando os impactos nefastos das ondas de calor recorde que
atingem o hemisfério norte, a exemplo do Canadá. Na última terça feira, 29 de
junho, o jornal britânico noticiou que na região de Vancouver e norte dos
Estados Unidos a temperatura alcançou os 49.6 graus Celsius, a maior já
registrada na história. Que diante desse calor escaldante incêndios haviam
consumido florestas e residências forçando a população a fugir para áreas mais
seguras.
Além
do mais, já havia registros de mortes de centenas de pessoas vitimas do intenso
calor. O fato é que não é a primeira vez que o hemisfério norte, acostumado com
temperaturas quase glaciais vem sendo repetidamente acometido por ondas de
calor semelhantes as do deserto do Saara. Há poucos anos a região da
Califórnia, Portugal, Austrália e outros tantos países viveram situações quase apocalíptica,
com incêndios gigantescos que consumiram milhões de árvores e centenas de vidas
humanas. Cabe aqui registrar que o norte da Califórnia continua sendo consumida
pelo fogo em decorrência das fortes estiagens.
Na
própria reportagem da BBC NEWS as opiniões dos climatologistas e outros
estudiosos do clima eram quase consensuais, admitindo que tais fenômenos
climáticos extremos têm relação com o aquecimento global. A queima de combustíveis fósseis, bem como a
devastação de milhões de hectares de florestas tropicais todos os anos está
liberando para a atmosfera toneladas de CO2 responsável pelo efeito estufa, composto
químico esse fundamental para profundos desequilíbrios no clima do planeta.
O
fato é que tem gente que não acredita que tais mudanças climáticas estejam
ocorrendo no planeta. Enquanto no verão do hemisfério norte o calor escaldante
está levando ao desespero milhões de pessoas, no hemisfério sul, no Brasil, em
especial, uma estiagem histórica compromete a agricultura, o abastecimento
humano e a produção de energia elétrica. Tanto no norte quanto no sul do
planeta, tais fenômenos climáticos se dão em um momento onde os índices de
devastação da floresta amazônica alcançaram patamares recordes.
Se
há alguma relação da perda da cobertura vegetal com os impactos no clima global,
os estudiosos do setor não têm mais dúvida.
As cúpulas do clima realizadas periodicamente, a exemplo da COP15, que
ocorreu em Paris em 2015, os reflexos dos acordos assinados entre os países
participantes são quase imperceptíveis. Os países mais industrializados como o
Japão, China, África do Sul, Índia, Austrália, Inglaterra, Estados Unidos, etc,
ainda utilizam o petróleo e outras fontes fósseis como matrizes energéticas.
A
pandemia do COVID 19 pode ser utilizada como justificativa por muitos países ao
não cumprimento das metas climáticas. O problema é que já estamos no final da
prorrogação, como de uma partida de futebol, cujo tempo normal acabou. Ou
tomamos consciência de que devemos mudar nossas atitudes junto a nossa mãe terra,
ou teremos um destino trágico como de outras espécies que sucumbiram também
devido a fatores climáticos, como os dinossauros. Se as
médias das temperaturas do planeta continuar aumentando como vem acontecendo
nos últimos anos, as chances são mínimas de a humanidade chegar ao próximo
milênio.
Prof.
Jairo Cesa
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