EM DEFESA DAS ORGANIZAÇÕES
AMBIENTAIS CONTRA A TRUCULÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL
Há
muito tempo organizações ambientais como o Greenpeace e WWF vêm prestando um
serviço irreparável a preservação dos frágeis ecossistemas ameaçados pela
cobiça do capital. Muitas das publicações postadas no meu blog na área
ambiental foram elaboradas a partir das reportagens, artigos, divulgadas por
essas duas organizações, entre outras. Em nenhum momento se questionaram a
veracidade dos fatos publicados por ambas as organizações.
Caso
houvesse alguma ilicitude de fato, a exemplo do que se supõe ter tido a WWF recebido
dinheiro do ator Leonardo DiCáprio para o financiamento das queimadas na
Amazônia, automaticamente os responsáveis já teriam sido processados, por se
tratar de uma organização com sucursais espalhadas no mundo inteiro. Não há qualquer
dúvida que tais acontecimentos difamatórios são frutos de manobras articuladas
por setores ligados a grilagem de terra e aos desmatamentos na Amazônia, cujos
principais incentivadores são o governo do estado do Pará e o presidente do
Brasil.
A
tentativa de criminalizar organizações ambientais como a WWF tem por finalidade
criar um clima negativo da sociedade contra milhares de outras entidades
ambientais espalhadas pelo Brasil, das quais vem prestando um importante
serviço a proteção de ecossistemas frágeis. Desde que assumiu o governo,
Bolsonaro vem executando o que prometeu quando candidato à presidência. O seguimento
ambiental, porém, é o que mais vem sofrendo tais investidas impactantes.
A
tentativa do governo é combater todo o tipo de resistência ao insano desejo de
transformar a Amazônia em terra arrasada. A fragilização fiscalizadora de
entidades como IBAMA, ICMbio é um bom exemplo de como o governo está se
comportando frente a questão ambiental no Brasil. A invasão de territórios indígenas
por grileiros e desmatadores e os intermináveis incêndios que destruíram milhões
de hectares de florestas, colocaram o Brasil no centro das notícias negativas
no mundo inteiro. Como não bastasse os incêndios, para manchar ainda mais a
imagem do país no exterior, a costa oceânica do nordeste brasileiro foi tomada
por toneladas de óleo, sem que os responsáveis fossem até hoje identificados e
processados.
Entidades
ambientais, universidades e governos questionam a morosidade do governo federal
de tomar posição efetiva no combate ao derramamento criminoso de óleo. A lamentável
saber que mesmo depois de tantos absurdos cometidos pelo atual presidente e
seus comandados, muitos dos seus eleitores ainda mantém confiança nas suas
políticas, que já promoveu um forte desmonte do Estado e dos direitos sociais.
Mesmo
diante desse triste episódio de tentativa de manchar a reputação de entidades
ambientais como a WWF, nenhuma organização como Oscip PRESERV’AÇÃO não se intimidará
em continuar a sua saga em defesa do frágil ecossistema do Morro dos Conventos.
Sabemos do nosso desafio, porém não nos renderemos às pressões dos seguimentos
econômicos locais, muitos dos quais alinhados as políticas dos governos
estadual e federal, que não se limitam em promover o “desenvolvimento” cujos
meios justificam os fins.
Prof.
Jairo Cezar