Auditores
do TCE (Tribunal de Contas do Estado) constatam irregularidades nas SDRs (Secretarias
de Desenvolvimento Regionais) de Santa Catarina
Na
leitura de um jornal de ampla tiragem na região da grande Florianópolis, na sua
página de política, o editor traz
reportagem polêmica que trata sobre a situação das SDRs (Secretarias Regionais
de Desenvolvimento) em todo estado divulgadas pelos auditores do TCE (Tribunal
de Conta do Estado) . Segundo os técnicos do Tribunal, o que chamou atenção na investigação
é em relação aos profissionais que atuam nessas instâncias cujo critério mais relevante
para a admissão é a vinculação política partidária com o bloco de alianças que prestam
apoio ao governo do estado. A surpresa maior, portanto, foi certificar que na
gestão 2008 a 2012, havia um gerente de uma secretaria regional sem qualquer
grau de instrução. Seguindo essa linha de observação, acerca da escolaridade
dos demais gerentes regionais, do total de 264 que ocupam cargos nas
secretarias, 253 foram pesquisados. Do total pesquisado, 57 servidores, ou seja, 22,53% possuíam nível
de escolaridade incompatível com sua função.
O que
foi ratificado na auditoria é o descumprimento absoluto da Lei Complementar 381/07 no qual determina
que todos os cargos de gerências das SDRs devem ser preenchidos
preferencialmente por profissionais com formação superior. Porém, não é o que vem
ocorrendo. Dos 1.698 servidos verificados, 853, ou 50,23% possuíam inscrições
partidárias. Além desse aspecto que envergonha a sociedade que contribui com
impostos, os profissionais do TCE também fizeram levantamento da participação
dos CDRs (Conselhos de Desenvolvimento Regionais) que são instâncias criadas
nas secretarias regionais e que deveriam auxiliar nas decisões das prioridades
de projetos para a região. Comprovaram que os conselhos, pasmem, não priorizam
projetos para suas próprias regiões. O que é inconveniente é que se estabeleceu
uma cultura equivocada das secretarias de apresentarem o máximo de projetos
possíveis quando se sabe que o aporte de recursos disponíveis é relativamente
inferior a demanda.
Dos
13.514 projetos elencados, apenas 32% tiveram aprovação. E não para por aí. Nenhuma
secretaria regional cumpriu a risca a legislação quanto a obrigatoriedade da
realização de reuniões ordinárias dos conselhos, que deveriam ocorrer de 30 em
30 dias. Em 2012, das 36 secretarias regionais, apenas a de Xanxerê realizou 12
reuniões, que é mínimo estabelecido de acordo com o regimento interno. A falta
de transparência na publicação de atas das reuniões na página eletrônica das
CDRs também foi verificada. De 2008 a 2012, nenhuma regional apresentou as 60
atas estipuladas. O pior foi que do número total das regionais, 16 delas se
eximiram de publicar qualquer ata, que se subtende que qualquer reunião foi
realizada.
A
lei também obriga que os Conselhos tenham a participação obrigatória de
representantes das esferas públicas e da sociedade civil. São esses seguimentos
que darão os pareceres dos projetos. A conclusão que se chegou foi que 67% dos
projetos analisados não existem os pareceres dos comitês temáticos. Talvez um
dos motivos da inexistência dos pareceres esteja no fato de que 24,6% das
pessoas envolvidas não apresentarem competência técnica para tal função. Sobre
a composição dos comitês temáticos, 23 secretarias, ou 91,3% não respeitaram a
composição de um terço de membros pertencentes ao setor não governamental. De todos os comitês investigados, 82,7% dos
integrantes são vinculados ao governo do estado ou município.
A
questão da necessidade ou não das secretarias regionais vem sendo questionada
pela sociedade há algum tempo. A criação dessas instâncias de “poderes
descentralizados” ocorreu em 2003, na gestão do ex-governador Luís Henrique da
Silveira. O que se constata é que durante os doze anos de existência das
mesmas, poucas foram às ações efetivas. As críticas mais contundentes ouvidas é de que
pouca autonomia possuem na deliberação de ações, permanecendo ainda as decisões
centralizadas na capital do estado. Diante dos dados revelados pelos auditores
do TCE, o governo dá sinais de que promoverá mudanças significativas com o
fechamento de algumas mantendo talvez 21, 16 ou 9, não há ainda uma resposta
concreta. Na hipótese de nove secretarias o governo terá uma economia no
orçamento de 39.1 milhões de reais.
Os
auditores quando aconselham o corte do número de regionais, ambos partem do pressuposto
de estar havendo desperdício de dinheiro público, considerando que o estado
jamais cumpriu o mínimo constitucional relativo à manutenção do ensino. Durante
os últimos cinco anos o governo não aplicou 1,1 bilhão de reais na educação,
resultando em problemas de infraestrutura e falta de segurança aos
trabalhadores de educação. Além do mais, o Estado também não cumpriu o Artigo
170 da Constituição Federal, que obriga a destinação de recursos públicos para
financiar o ensino superior. Entre 2008 a 2012, 413 milhões de reais deixaram
de ser aplicados na formação universitária. Fica claro que os recursos para a
educação continuam concentrados na SEE (Secretaria Estadual da Educação),
contrariando o modelo das SDRs, onde a estratégia seria a descentralização
administrativa para agilizar os processos.
Somente
com despesas administrativas, os gastos chegaram a 638.82 milhões. Outro dado
preocupante é quanto às despesas com a manutenção das secretarias, pagamento de
servidores, efetivos e comissionados; alugueis, serviços terceirizados, etc.
Segundo investigação, as despesas alcançaram os 19,83%. Dentre as 36
secretarias espalhadas pelo estado, os recursos disponibilizados privilegiam
aquelas que estão localizadas nas regiões mais desenvolvidas, como
Florianópolis e Joinville, que recebem o maior aporte de recursos. A polêmica é
porque manter a secretaria da grande Florianópolis, com maior aporte de
recursos, se a sede administrativa do Estado está na capital. Aquelas situadas
nos municípios com maiores dificuldades financeiras, Itapiranga, Quilombo e
Dionísio Cerqueira, que necessitariam de maior disponibilidade de recursos, são
contemplados com recursos que mal cobrem as despesas de manutenção da sede.
No
ano passado, 2014, às vésperas das eleições, o Secretario de Estado e da
Fazenda do governo Raimundo Colombo concedeu entrevista a um jornal da capital
do estado no qual discorreu sobre a atual situação das SDRs e das mudanças previstas
pelo governo na hipótese de ser reeleito. Disse ele que a proposta é mudar o
perfil das secretarias tornado os secretários ou superintendentes agentes
articuladores locais do governo. Respondeu a pergunta do entrevistador
afirmando categoricamente que as SDRs são organizações de custo financeiro
muito baixo. Destacou que de 2006 a 2013 os investimentos para as regionais
foram orçados em 550 milhões, metade desse montante destinado à obras e para a
aquisição de equipamentos; outra metade para educação. O secretário ressaltou
que em 2013 dos 677, 6 milhões alocados para as SDRs, 132,8 milhões foram para
o custeio da folha e encargos sociais. Somente para o pagamento da folha da
educação nas regionais os gastos chegaram a 90 milhões. Sendo assim,
acrescentou o secretario, se a decisão de fechamento das regionais for
confirmada, é o estado que deverá custear esses profissionais.
Quando
questionado sobre o fechamento das regionais, cuja justificativa é economizar recursos
para investimentos em outros seguimentos como educação. Sua resposta foi refutar
tal argumento. Disse que isso é asneira de quem falou, porque, na verdade, as
secretarias representam, em âmbito global, apenas 1.5% da folha de pagamento de
servidores. Se for considerado esse
valor como 100%, 65% é custeado com escolas, material de expediente, limpeza,
etc. Se a intenção de quem idealizou as SDRs era favorecer a descentralização das
decisões proporcionando a agilização da execução dos projetos de infraestrutura,
a realidade confirma de que tais metas não foram alcançadas. Depois de 10 anos
de implantação, houve uma redução de 93% para 84.5% da concentração de recursos
nas secretarias centrais, ou seja, na capital do estado. Quase todos os
projetos executados nas regionais têm que primeiro passar pelo crivo dos órgãos
centrais, respeitando toda a burocracia, para depois liberar os recursos na
execução das obras.
Segundo
dados do Conselho do TCE, em 2011 as SDRs foram responsáveis pela execução de
apenas 4.82% do orçamento estatal. Que nos últimos cinco anos o maior
crescimento de gastos acumulados foi com pessoal e encargos. Na opinião do Secretário
da Fazenda, o aumento dos gastos foi pelo fato de que nesse mesmo ano o governo
teve que reajustar os salários dos professores das secretarias seguindo a lei
do piso, fazendo com que as despesas das SDRs com esse seguimento elevassem.
Disse também que o período de maior crescimento da contratação de pessoal
ocorreu entre 2003 a 2006, com 58%. Desse período em diante, houve uma redução
significativa: 2006 a 2010, 2,1%; 2010 a 2012, apenas 0,2%. No entanto, reiterou
que os custos das SDRs equivalem a 1,5% do total de gastos do estado. Outra
questão explicada pelo secretário é quanto aos comissionados, que na época do ex-governador
Luís Henrique da Silveira o mesmo providenciou a transferência desses da
capital para o interior do estado. Portanto, nenhum outro cargo comissionado
foi criado nas regionais, informou. Em todas as regionais, o número de cargos
comissionados chega a 1.200, que quando comparado com outros estados, em termos
proporcionais, santa Catarina é o que menos
possui.
Quanto
as demandas no estado, disse que, realmente, são maiores que a capacidade de
execução do estado. Por outro lado, nunca houve tanta obra de infraestrutura em
execução nas regionais como agora. Novamente questionado sobre a autonomia das
regionais, disse que toda a decisão da alocação de recursos é delas, porém,
antes da execução, os contratos passam por uma fiscalização do comitê gestor.
Se há falta de autonomia, o problema não é somente nas regionais, também ocorrem
nos demais órgãos do estado que precisam se submeter a um maior controle. O
secretário foi enfático em afirmar que se Raimundo Colombo for reeleito sua
prioridade será na qualidade e agilidade dos serviços públicos, atacando
especialmente gargalos que interferem no desenvolvimento do estado. Dentre os
pontos que dará atenção, a reforma administrativa será uma delas, com o
enxugamento de estruturas obsoletas há mais de 30 anos. Quanto às regionais,
disse que não irá fechar nenhuma delas, porque as menores, abertas por último,
são as que precisam do governo por perto.
Sobre
as denúncias de que as SDRs se constituem em cabides de emprego acomodando
correligionários e apadrinhados políticos que participaram ou prestaram apoio
no processo político no qual garantiu a vitória do governo, no relatório divulgado,
mais da metade dos que atuam nas regionais, tem filiação partidária. Quando da
realização da pesquisa, dos 1.698 servidores analisados, 853 ou 50,23%
assinaram a lista em siglas a partir de 2003, quando da criação das SDRs.
Dentre os partidos com maior representação nas regionais estão o PMDB, com 421 integrantes, 308 efetivos e
113 comissionados; PSDB, com 143, sendo 51 comissionados e 92 efetivos. Em
2011, com a homologação do PSD, o número de servidores vinculados a sigla foi
de 122, sendo 81 comissionados e 41 efetivos. Dentre as regionais que
apresentaram maior número de filiados proporcionalmente ao de servidos, foi
Mafra. Dos 64 trabalhadores, 41 tinham filiação partidária. Com base nessas
revelações, o Secretaria se justificou com o seguinte argumento: “acho
que as regionais é possível que haja maior envolvimento político, porque o
secretario é conhecido, mais identificado, tem filiação partidária. Não vejo
nenhuma ilegalidade, é um exercício de cidadania”.
Para
dar prova de que as secretarias regionais são sim entidades criadas para acomodar afiliados
partidários, no dia 2 de março de 2014, o deputado José Milton Sheffer, em
entrevista a uma rádio no município de Araranguá, disse que “a culpa da demora na execução dos projetos, no modo
como as SDR estão estruturadas, que deveria ter menos políticos e mais
técnicos, engenheiros em diversas áreas para discutir e elaborar projetos, não
precisando depender da burocracia da capital. Outro problema grave, segundo o
deputado, é a falta de fiscais para acompanhar as obras, tendo na região apenas
um engenheiro para inspecionar 16 municípios do vale. O resultado é o que se
vê, de obras mal executadas, que não recebem nem mesmo manutenção periódica”.
Quando citou obras mal executadas estava se referindo as escolas do Vale do
Araranguá, em especial a EEB Maria Garcia Pessi, do município de Araranguá que
havia sofrido intervenção por parte do Ministério Público Estadual devido aos
riscos de desabamento.
Outra
questão debatida foi quanto a legitimidade da lei 348/06 que instituiu o plano de
carreira dos servidores. Essa lei permite que servidores da educação possam
optar por ocupar cargos nas regionais sem a prestar concurso público, que é
proibido por lei. O sinte questionou a legitimidade dessa lei, por isso
encaminhou ao TJ-SC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina), ação contra a
mesma, no qual acatou a decisão julgando procedente em 2008. Também o Sinte,
encaminhou uma ADIN (Ação de Inconstitucionalidade) ao Ministério Público de
Santa Catarina, cuja decisão foi contestatória em 2007. Nesses termos, em 2013,
a ação do Ministério Público foi suspensa até o julgamento de outra ação
semelhante no STF (Supremo Tribunal Federal). O relator do processo pediu, em
2008, que o governo se pronunciasse dando prova da decisão, que jamais o fez.
Em resposta ao TJ-SC, o governo esclareceu que teria sido gerada portaria de n.
354 em maio de 2008, no qual reverteria a situação funcional de 1.497
servidores.
Nesse
sentido, o Sinte desmentiu o governo, dando prova de que tal portaria jamais
foi publicada, por isso não tem efeito. Com base nessa na lei 348 que permite a
transposição de servidores, os servidores da educação regidos por esse
dispositivo, com formação doutorado, teriam seus proventos majorados de 4.500
reais para 7.000 reais. O secretário alega que não houve transposição, apenas o
acréscimo de algumas vantagens concedidas na época, que podem ser legais ou
não. Quanto ao questionamento feito sobre a necessidade servidores da educação
nas SDRs, disse que, ambos representam 70% da folha de pagamento das
secretarias, que podem ter melhor aproveitamento nas secretarias do que nas
salas de aulas. Concluiu que o servidor da educação não é só professor, que
também atua na área administrativa. “Defendeu
que nas regências regionais de educação fazem grandes serviços para a educação,
estão organizando a política educacional local”.
No
dia 20 de nove de 2014, alguns dias que antecederam as eleições em todo Brasil,
o governador e candidato a reeleição Raimundo Colombo cedeu entrevista a um jornal
da grande Florianópolis, cujo principal assunto tratado foi sobre o futuro das
SDRs. Segundo Colombo, deixou transparecer que das 36 regionais, a da Grande
Florianópolis poderá ser extinta, porque não há motivo de permanecer por estar
localizada na capital, centro administrativo do estado. Enquanto as demais
cumprem papéis importantes. No caso o DEINFRA
(Departamento de Infraestrutura do Estado), que atua na recuperação de
estradas. Como poderia executar os serviços de tapação de buraco em municípios
como são Lourenço do oeste, se as decisões fossem tomadas em Florianópolis. Essas
ações tornam-se mais ágeis nas regionais, cujos recursos e atribuições são
repassados todos os meses. A justificativa de que as secretarias regionais
tomariam decisões na execução de serviços emergenciais com maior agilidade não
corresponde a realidade.
Pois
vejamos. Em março os deputados Jose Milton e Manoel Mota deram a seguinte
resposta ao apresentador de um programa de rádio no município de Araranguá em
relação aos problemas da região do Vale do Araranguá. Para Mota: “o
que está ocorrendo na região são manobras patrocinadas por políticos da região
de Criciúma pretendendo enfraquecer politicamente a região em âmbito
estadual. Citou órgãos como o DEINFRA que teve sua sede regional transferida
para Criciúma. Pequenos serviços como patrolamento e tapação de buracos todo o
processo agora tem de passar primeiramente pelo município vizinho, Criciúma”. Olha
que a distância entre Criciúma e Araranguá é pouco mais que trinta quilômetros,
por que então as manutenções das estradas não são realizadas com agilidade? A
resposta está tanto na escassez de recursos como na falta de autonomia do
secretário cujas decisões para efetivação dos serviços continuam sendo tomadas
na capital.
Quando
perguntado sobre pesquisa feita por uma acadêmica de que as SDRs a decisões
continuam centralizadas, disse ele que desconhece a pesquisa. Que concorda que
necessita de mais empenho, repassando mais atividades. Argumentou que a
manutenção das estradas, de todas as escolas são diretamente tomadas nas
regionais. Porém, as grandes obras, ainda são decididas na capital, por falta
de técnicos e fiscalização. No entanto o operacional é nas regionais. Outro exemplo de que as decisões para
pequenos reparos, construções ou reformas de escolas continuam centralizadas na
capital, é caso da reforma da EEB Garcia Pessi. No dia 16 de março de 2014,
mais uma vez o deputado Manoel Mota em entrevista Informou que acompanhou uma
Comissão da EEB Garcia Pessi até Florianópolis, que em contato com o Secretário
da Educação, foi acertado o repasse emergencial de 80 mil reais para reparo do
bloco do colégio, onde serão acomodados cerca de mil estudantes.
Quanto à construção do compartimento que ainda resta, assegurou que
a verba orçada de R$ 5.700,000,00 já está disponível, faltando apenas a
autorização para licitação da obra. Onde está a agilidade e autonomia
das secretarias ressaltada pelo governador em entrevistas no ano passado?
Foi
questionado também se conhece a recomendação dos TCE de reduzir o número de
regionais. Sua resposta foi negativa. Disse que tomará algumas atitudes caso
seja eleito como a elaboração de um plano de demissão incentivada e adequação
das estruturas. Além do mais está sendo promovido um estudo jurídico,
administrativo e financeiro de compactação da máquina pública. A intenção é
criar um novo conceito de SDR, fortalecendo as diferenças culturais e
econômicas. A presença do governo e o tratamento diferenciado para cada região
é importante.
As
críticas quanto a eficiência das SDRs adquiriram maior intensidade no ano
passado, 2014, às vésperas das eleições. O deputado estadual do PT Dirceu
Dresch, segundo o jornal Diário Caçadorense não mediu as palavras para dizer
que em dez anos as SDRs consumiram cerca de 2,5 bilhões de reais apenas em
salários e custeio para o funcionamento das mesmas. Disse que de 2011 em diante
os gastos com a manutenção das estruturas foram maiores que os investimentos.
Se o objetivo das regionais era conter o êxodo rural e promover o
desenvolvimento, isso não aconteceu. Essas estruturas espalhadas pelo estado “são mitos que contribuem apenas
como estrutura eleitoral. São consideradas não cabides mas armários de
empregos, não oferecendo condições para atender adequadamente a demanda dos
prefeitos que são forçados a ir à capital procurar as secretarias de estado da
capital.” Somente em 2013 foram gastos 420 milhões com pagamentos de
salários, aluguéis, telefone, etc. Para investimentos, os recursos
disponibilizados ficaram abaixo dos gastos, ou seja, 322 milhões. É o dinheiro
que falta para a educação, saúde, segurança pública, agricultura familiar,
disse o deputado.
No
entanto contrariando o que disse o deputado petista Dirceu Dresch, o vice
governador Eduardo Moreira em reportagem publicada pelo Portal A Gazeta
publicado em julho de 2014 relatou que as SDRs as mesmas são eficientes e que o
custo de manutenção das mesmas é baixíssimo, orçada em 0,04% de toda folha de
pagamento do estado. Ressaltou que a eficiência da descentralização das
secretarias foi tão positiva, que resultou na vitória eleitoral do bloco de
alianças em três oportunidades. Sua permanência deve ser mantida pelo fato de
estar próxima da população e por poder solucionar problemas emergenciais como a
operação tapa-buraco. Se as decisões partissem de Florianópolis, através do
DEINFRA, as respostas seriam lentas. Dentre as obras realizadas e que estão em
andamento na regional de Criciuma destacou: a via rápida; o anel de contorno
viário; os recursos para melhorias do hospital são José; a revitalização da
SC-445 (Paulino Búrigo) e possível instalação da empresa Transgás,
possivelmente no município de Içara.
Dentre
os itens elencados pelo vice-governador, as notícias repassadas pelos jornais e
portais da região dão conta de que obras como a via rápida, estão paralisadas
por falta de recursos para indenizações das desapropriações. A transgas, empresa que se instalaria em
Içara provavelmente irá para o Rio Grande do Sul. No que à saúde, a região de
Criciúma vem vivendo um caos sem precedente envolvendo o principal hospital da
região, o São José que atende pelo SUS, cujos médicos já definiram que
paralizarão suas atividades a partir do dia
três de março, sexta feira.
Prof.
Jairo Cezar
EEB de Araranguá em situação calamitosa. Dias de chuvas as goteiras impedem a realização de aulas
EEB de Araranguá, o governo há quatro anos vem prometendo a construção de novo espaço, porém, apenas promessa.
Sala de aula improvisada em antigo galpão de fumo
A maioria das escolas da região de Araranguá estão nessas condições
Escola padrão fifa construída no Timbé do Sul. Porém, sem prazo de quando será inaugurada, e os problemas já aparecem.
Escola Estadual recém construída no Timbé do Sul. Observe ao fundo luminárias destruídas.
Escola Estadual recém construída no Timbé do Sul. Observem vidraças já quebradas.
Escola Estadual recém construída no Timbé do Sul. Observem sistêmica elétrico já danificado.
Estrutura das escolas estaduais na região de Araranguá
Estrutura das escolas estaduais na região de Araranguá
Rodovias estaduais que cortam os municípios da região de Araranguá
Rodovias estaduais que cortam os municípios da região de Araranguá (Turvo/Meleiro) buracos em todo trecho. É importante ressaltar que a operação tapa-buraco foi realizada há pouco tempo. Sem contar a situação dos acostamentos. Observem o mato tomando conta da pista.
Rodovias estaduais que cortam os municípios da região de Araranguá (Meleiro/Araranguá)
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