segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

REGIME DONALD TRUMP E AS DISPUTAS DA HEGEMONIA AMERICANA GLOBAL COM A CHINA


A indicação de quatro generais para ocupar os principais postos do governo Trump, especialmente da defesa, já é o prenúncio de um regime que se pautará numa política de cunho nacionalista, de combate ao terrorismo, ao estado islâmico e no fortalecimento dos interesses econômicos americanos internacionalmente.  Um dos principais alvos do futuro regime, certamente será o enfraquecimento dos BRINCS, dentre eles a Rússia e a China, que se despontam como nações atualmente engajadas em políticas de expansão de suas influências em áreas estratégicas no oriente médio e no sudeste asiático.
 Atualmente a China é o país que mais vem causando apreensão aos interesses do capitalismo americano. Isso de deve a extraordinária importância que o país de regime socialista vem desempenhando globalmente, que pode ser comparada a Inglaterra do século XVIII quando se transformou na principal força produtora e exportadora de manufatura do planeta.  Diante desse cenário, os EUA estão paulatinamente perdendo espaço geopolítico e geoeconômico estratégico para a China. Na visão dos capitalistas Americanos, chancelado pelo governo Donald Trump, é imprescindível frear a fúria do “tigre asiático”, a China, com a tentativa até de articular uma nova recolonização nos moldes modernos, ou seja, através da língua, do cinema e outras formas bem sucedidas adotadas em outras partes do planeta. A intenção é impor à China um papel secundário nas suas políticas externas.
O fato é que a economia americana como das demais economias globais navegam seguindo os fortes ventos da prosperidade chinesa.  Somente os Estados Unidos são um dos principais parceiros econômicos, tanto na comercialização de commodities como de armamentos. Enquanto a Europa as relações econômicas entre os países que integram a União Européia ocorrem seguindo as decisões do parlamento criando para mediar às relações comerciais ente os países membros, no sudeste asiático, cuja China se coloca como protagonista, as relações se pautam em negociações bilaterais, formais e informais.
Uma possível instabilidade ou quebra generalizada da economia chinesa seria comparada as peças de um jogo de dominó posicionadas uma a frente da outra. A queda de primeira peça provocaria o chamado efeito dominó na região e no planeta.  Não há dúvidas que o futuro governo Trump, seguindo o atual cenário de escolha de seus secretários de visões empresariais e militares, as expectativas é que o quadro de tensão militar no oriente médio e outras partes o planeta tenderão a piorar. Não se exclui desse quadro de pessimismo, o agravamento também do terrorismo e de outra possível guerra fria envolvendo a China e Estados Unidos nas disputas pela soberania global.   
Prof. Jairo Cezar          

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