CAMPANHAS
ATIVACINAÇÃO PARA CRIANÇAS DE 5 A 12 ANOS CONTRA O COVID 19 SÃO DISSEMINADAS
NAS REDES SOCIAIS
O
governo federal desde o início da pandemia procurou insistentemente trabalhar
contra a vacina defendendo o contagio de rebanho. A ideia era fazer com que
milhões de pessoas fossem contaminadas pelo COVID 19, para que adquirissem imunidade
ao vírus. Na realidade foi uma decisão suicida, pois quase de seiscentas e
cinqüenta mil pessoas perderam a vida e outros milhões adquiram sequelas severas
e irreversíveis desde o início da pandemia. Depois de intensas pressões advindas
das comunidades médicas e cientificas, finalmente o governo brasileiro cedeu
mesmo contra sua própria vontade, decidiu pela importação da vacina e de
insumos para sua produção do Brasil.
Se
a imunização tivesse começado mais cedo, seis ou sete meses atrás, o número de
mortes teriam sido 50% ou 60% menor, afirma os especialistas. Com hospitais e
UTIs lotados de pacientes com crises respiratórias graves, o presidente da
república e seu inconseqüente ministério da saúde lançavam campanhas midiáticas
defendendo tratamentos paliativos como o Kit ati-covid a base de Hidroxicloroquina, ivermectina, entre outros.
O mais insano nessa decisão foi o fato de tais tratamentos anti-COVID terem
sido reprovados pela OMS por não apresentarem resultados positivos no combate
ao vírus.
Mesmo
após a decisão da OMS reprovando o tratamento paliativo, o governo brasileiro
gastou milhões de reais na produção desses medicamentos nos laboratórios do
exercito. Com o inicio da vacinação em massa, em poucas semanas o número de
casos de pessoas internadas e de óbitos começaram a cair vertiginosamente. Mais
uma vez ficou evidente que semelhantes a outras pandemias do passado, somente
com vacinas foi possível conter suas disseminações. Com a certeza de que a vacinação contra o
COVID surtiu resultados promissores, mesmo assim milhares de brasileiros se
negaram e continuam negando a tomá-la. A maioria dos que negligenciam a vacina
são fieis apoiadores do presidente da república.
Com
o crescimento vertiginoso de infectados com a Ômicron, uma nova variante da
COVID 19 surgida na África do Sul, a OMS recomendou que fosse promovida
campanha de vacinação de crianças com idade de 5 a 12 anos. Laboratórios como a
Pfizer desenvolveram vacina específica para esse público. Enquanto os Estados
Unidos, União Europeia entre outros países correm contra o tempo para imunizar
suas crianças, no Brasil, embora o inicie da imunização tenha começado bem mais
tarde, o percentual de crianças vacinadas até o momento tem sido está muito
aquém do desejado.
O
motivo do atraso e do baixo percentual são bem conhecidos, a acirrada campanha
contra a vacinação desse público patrocinada pelo presidente da república e o
ministério da saúde. Nas redes sociais os seus fieis seguidores vem
insistentemente disseminado inverdades com a intenção de desencorajar os pais
na imunização de seus filhos. Uma dessas mentiras compartilhadas é de que a
vacinação é experimental, ou seja, que crianças estariam servindo de cobaias
para os laboratórios. O grau de insanidade do governo Bolsonaro e do ministério
da saúde ultrapassou os limites inimagináveis no instante que foi publicado
nota recomendando que crianças deveriam apresentar prescrição médica para
poderem se vacinar. Jamais tal prescrição fora exigida em campanhas de
vacinação como o sarampo, paralisia infantil, entre outras.
São,
portanto, tais ações mentirosas, assassinas, os motivos do baixo número de crianças
imunizadas. O que causa mais preocupação por parte das entidades médicas é o
fato de que milhões de crianças estarão retornando às escolas a partir de
fevereiro e março em todo Brasil. Não há dúvida de que na segunda ou terceira
semana pós início do ano letivo teremos o aumento de casos de crianças e
profissionais em educação diagnosticados com Síndrome Respiratória Grave.
Em
sete de fevereiro último, o jornal eletrônico NEXO apresentou o percentual de
crianças imunizadas em 16 estados da federação, totalizando 15.33% até aquela
data. Somente o estado de São Paulo havia vacinado 47% do público nessa faixa
etária. Santa Catarina estava entre os últimos da lista, com 6.78% de
imunizados. O estado com menor taxa de vacinação era o Tocantins, com 2.48% de
crianças vacinadas.
Nos
municípios que integram a AMREC, exceto um ou dois, os demais não haviam
alcançado 25% do público indicado. O único município com percentual melhor de
imunizados foi Treviso, com 41,54%. Mesmo Criciúma, considerada cidade pólo da
região, dos 18.500 crianças aptas a serem vacinadas, apenas 3.706 ou 20,03%
foram imunizadas. Há casos discrepantes como Forquilhinha com 6,37% de crianças
que receberam a vacina.
Claro
que esses baixos índices de vacinados não são exclusivos da AMREC. A AMESC e a
AMUREL, com certeza, compartilha com tais percentuais, quiçá menores ainda. São
regiões cujo presidente da república obteve expressiva votação nas últimas
eleições. Parcela significativa dessa população ainda hoje permanece fiel as
suas posturas homofóbicas, racistas, negacionistas, até mesmo a ponto de acreditar
que ser ele o Messias, o enviado de deus.
Em
entrevista, o secretário da saúde do estado de Santa Catarina disse da
possibilidade de fazer a vacinação de crianças de forma domiciliar, ou seja, ir
até a casa delas e imunizá-las. Falou também da necessidade de as cidades
fazerem campanhas para estimular esse público a se vacinarem. Sugeriu até mesmo
a promoção de atividades lúdicas. É preciso informar o secretário da saúde e ao
governo do estado que tais campanhas surtiram pouco efeito enquanto o presidente
da república e seus seguidores continuarem entupindo as redes sociais com
informações mentirosas sobre a eficácia da vacina contra o COVID 19.
Prof.
Jairo Cesa
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