sexta-feira, 18 de setembro de 2020

 

AS PROFECIAS ESTAVAM CERTAS, A TERRA ACABARÁ SENDO DESTRUÍDA POR FOGO E PRAGAS?

Assim estavam descritas nas antigas profecias cristãs sobre o “fim do mundo”: “caíram sobre a terra granizo e fogo misturados com sangue”; “uma grande montanha ardendo em chamas foi lançada no mar. A terça parte do mar transformou-se em sangue”; “e caiu do céu uma grande estrela”. Refletindo as frases relativas ao “fim dos tempos”, proferidas, possivelmente, pelo projeto João, no livro do apocalipse, o último da bíblia no novo testamento, as mesmas fazem pensar sobre o atual momento de turbulências que sacode o planeta, afetado por profundas mudanças climáticas, cada vez mais ameaçadoras à sobrevivência da espécie humana.

Embora as profecias tenham sido escritas há mais de dois mil anos, por indivíduos pertencentes à religião cristã, que afirmava, categoricamente, que forças antagônicas, o bem e o mal, eram representados por “deus” e o “demônio”, o caminho da humanidade, portanto, era seguir a risca os desígnios “divinos” para livrar-se dos impulsos do “mal”.  E “caiu do céu uma grande estrela”... Essa metáfora bíblica tem, sim, similaridade com as atuais ondas de calor escaldante que sufocam regiões do planeta, causando incêndios devastadores como o ocorrido na Austrália, países da Europa, Oriente Médio, EUA e Brasil.  

Cada vez fica mais evidenciado que tais ondas de calor escaldantes como as que ocorreram no Vale da Morte, leste da Califórnia, nos EUA, com temperatura superior a 54 graus centígrados, um recorde planetário, tem, sim, relação com o ímpeto destrutivo (forças do mal) que se sobrepõe ao bem. A natureza: o sol, o solo, as plantas, os rios, os oceanos, o ar limpo, etc, são resultados de bilhões de anos de evolução cósmica, necessárias e imprescindíveis à sobrevivência das espécies vivas que compartilham a mesma aldeia global. Ainda hoje prevalece nas mentes jurássicas uma visão antropocêntrica, já superada, de acreditar que pelo fato de possuir habilidades complexas, o ser humano pensa que pode arbitrar sobre a vida e a morte dos demais seres.

Repetidamente a natureza está lançando sinais de que o planeta que habitamos está saturado, que água, ar e solo estão nos seus limites de estagnação. Cada espécie viva, os micro organismos, por exemplo, suas existências são determinantes à nossa existência. Quando um desses elementos desaparece nos tornamos mais frágeis, mais suscetíveis às doenças, algumas das quais devastadores. Pesquisas comprovam que nas últimas décadas desapareceram cerca de cinqüenta por cento de espécies da fauna no planeta.  Só para exemplificar, os últimos incêndios ocorridos na Austrália, 2019 e 2020, três bilhões de animais foram afetados.

A pressão humana sobre áreas florestais primordiais e o uso indiscriminado de aditivos químicos na agricultura (pesticidas) ambos têm contribuído para presenciarmos cenários apocalípticos. O convívio freqüente com furacões, tornados, temperaturas escaldantes, pandemias, nuvens de gafanhotos, incêndios devastadores, degelo no ártico e na antártica, etc, são sintomas de um planeta doente, na UTI, cuja sobrevivência dependerá das nossas atitudes.  Desde o começo do século XX, relatórios e obras literárias alertavam poder haver um possível colapso climático num futuro muito próximo.

 Muitos acreditavam que a extinção da espécie humana ocorreria durante a Guerra Fria, por meio de um hecatombe nuclear. Isso não aconteceu por um milagre.  Chegou o século XXI, o planeta continuou dando sinais cada vez mais evidentes que teríamos pouco tempo para repensarmos nossas condutas se pretendêssemos aqui permanecer. Mudar atitudes, hábitos de consumo, técnicas de cultivo, de produção, de relações interpessoais, são algumas táticas largamente defendidas pelos monitores dos ciclos sistêmicos do planeta terra.

Parece que muita gente, governos em especial, ainda não se deram conta que isso pode estar acontecendo hoje, que mantendo um comportamento negacionista dos fatos, a ciência e tecnologias disponíveis não serão suficientes para evitar que a humanidade caia no precipício. Isso não são afirmações de mentes lunáticas, fanáticos fundamentalistas, são idéias concebidas a partir de observações empíricas e cientificas que comprovam haver uma profunda disritmia nos ciclos da natureza.

Há quatro ou cinco anos consecutivos o planeta vem batendo recorde de temperaturas media elevada. O ano de 2020 baterá, com certeza, o sexto recorde. Isso é assustador!  O calor excessivo, somado a escassez cada vez mais freqüente de chuvas, está se tornando ingredientes importantes à propagação das queimadas no planeta. O Brasil, por exemplo, vem causando perplexidade no mundo inteiro em decorrência da devastação da floresta Amazônica.  O fato é que os incêndios dantescos não são motivados por atos acidentais.  Há por traz desses sinistros devastadores todo um plano bem arquitetado e com objetivos claros, auferir lucros.

Mais do que nunca o governo federal deveria adotar políticas responsáveis para proteger esses ecossistemas. Até a posse de Bolsonaro como presidente da República, havia uma expectativa positiva quanto ao cumprimento das pautas pró clima global ratificada COPs (Conferências das Partes), a exemplo da COP 15, realizada em Paris. Pior do que desconsiderar os alertas das organizações que monitoram o clima é levar avante um programa de governo homicida a tudo que se relaciona ao meio ambiente.

As queimadas que devastam o pantanal mato-grossense, um bioma até então impensável de ocorrer incêndios com tais proporções, são demonstrações obvias que o Brasil está sim no epicentro das mudanças climáticas. Como aconteceu recentemente na Austrália com bilhões de animais impactados pelo fogo, a Amazônia e o pantanal terão e têm perdas irreparáveis da fauna e da flora. O que é mais impactante é saber que poucas são as chances de um cenário futuro confortável, enquanto tivermos líderes políticos e uma classe econômica alucinada pelo poder e o dinheiro.

Outros incêndios tenderão a ocorrer nesses e outros biomas brasileiros, pois tudo faz parte de um plano macabro desenvolvimentista, sem limites, do atual governo. Todos, direta e indiretamente, estão sofrendo com os incêndios no norte e centro oeste brasileiro. A dimensão da tragédia ultrapassa fronteiras. O sul e sudeste brasileiro estão sofrendo os efeitos do que poderia ser o apocalipse, profetizado na antiguidade.

Chuvas negras estão caindo sobre cidades do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, contaminando ainda mais os já degradados recursos hídricos por agrotóxicos. Dois anos é o tempo que resta para o fim desse pesadelo político que se abateu sobre o povo brasileiro. O não impedimento de sua permanência no posto deixará um legado trágico, sem retorno, ao meio ambiente. Suas seqüelas serão sentidas por muitas e muitas gerações.

Prof. Jairo Cezar      

 

     

Leia mais em: https://super.abril.com.br/historia/apocalipse-biblico-furia-divina-sobre-a-terra/

https://brasil.elpais.com/internacional/2020-09-12/o-fim-do-mundo-era-um-incendio.html

https://g1.globo.com/natureza/noticia/2020/07/28/incendios-na-australia-afetaram-3-bilhoes-de-animais-afirma-estudo.ghtml

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