sexta-feira, 18 de agosto de 2023

 ASSEMBLEIA DO SINTE EM FLORIANÓPOLIS E O LIXO NOSSO DE CADA DIA

Foto - Jairo


Na última copa do mundo FIFA, no Qatar, os torcedores da seleção japonesa protagonizaram uma cena que deveria ser replicada para o resto do mundo como exemplo de sociedade de forte consciência ambiental. No final de um dos jogos envolvendo a equipe do sal nascente, os torcedores japoneses, munidos de sacos plásticos, ajudaram as equipes de limpeza do estádio a recolherem garrafas e copos plásticos, papeis e outros materiais deixados pelos torcedores.



Afinal por que estou trazendo esse fato inusitado para o nosso cotidiano? A explicação é simples. Hoje em dia os PNE (Planos Nacionais de Educação), Propostas Curriculares e outras tantas resoluções determinam que as unidades escolares públicas e privadas desenvolvam atividades de sensibilização ambiental, com vistas à construção de novos sujeitos capazes de compreender o planeta como uma complexa teia, onde todos e tudo estão interconectados.  

Lançar esgotos em rios, lagos, lagos; derrubar e queimar florestas, combustíveis fósseis, bem como usar agrotóxicos na agricultura, tudo isso fragilizam nossos ecossistemas e a nós mesmos.    Todos nós sabemos que trabalhar educação ambiental nas escolas, como tema transversal, é um tanto complexo, pois deparamos com vícios comportamentais trazidos de casa por nossos estudantes.

Quantas vezes professores promoveram saídas de campo para trabalharem temas relacionados a essa área, por exemplo, campanhas de limpeza da orla marítima, de parques, de praça, etc, e no outro dia flagrar estudantes descartando lixo no local limpo. Tudo bem daremos um desconto por serem crianças, adolescentes ainda não sensibilizados ao que é certo e errado. Agora o que dizer quando são professores/as, muitos dos quais aposentados/as há anos, que praticam atos desse tipo? O que fazer para mudar tal comportamento que denigre uma categoria que deveria dar o exemplo nessa área?

Foto - Jairo


Na última quinta feira, 17 de agosto, em uma assembleia ocorrida em Florianópolis, era inimaginável que no seu final, um rastro de sujeira fosse deixado no local. Garrafas e copos plásticos, papeis e outros objetos recicláveis ficaram espalhados por todos os cantos, muitos dos quais espalhados pelo vento para locais distantes. Penso que ficaria até inconveniente, membros da executiva que coordenavam o evento solicitar aos presentes para que recolhessem o seu lixo e depositassem em sacos distribuídos no entorno do local. De fato a própria coordenação também não teria moral de fazer tal solicitação, pois o palco onde estava havia lixo espalhado.

 

  

Foto - Jairo

Foto - Jairo

Sei que posso receber saraivadas de críticas por estar abordando um tema descolado dos reais objetivos da assembleia do Sinte em Florianópolis. O fato é que somos professores e temos responsabilidades e compromissos éticos com aquilo que falamos e fazemos. Independente dos problemas dos quais enfrentamos na nossa jornada profissional, por exemplo, os descasos das autoridades à carreira docente, somos nós que educamos a sociedade e muitas vezes falhamos cometendo atos displicentes como o da sujeira descartada no chão da tenda da assembleia.  

Foto - Jairo


Prof. Jairo Cesa   

Nenhum comentário:

Postar um comentário