O FEIJÃO TAMBÉM É AGRO, É POP, PORTANTO, CARREGADO DE AGROTÓXICOS
Acredito
que poucos sabem que o Brasil é um dos principais produtores de feijão no
mundo, sendo que apenas 8% do total produzido são exportados. O baixo percentual
de exportação se deve ao fato do elevado consumo interno. Porém, aqui está o
problema central. Como acontece com outros produtos agrícolas vinculados ao
agronegócio, soja, arroz, milho, etc, o feijão também recebe uma enorme carga
de agrotóxicos, muitos dos quais banidos na União Europeia.
Só
para ter uma ideia, desde que Bolsonaro assumiu a presidência da república em
2019, a ANVISA já liberou 1033 agrotóxicos. Para a cultura do feijão, foram
disponibilizados 114 tipos diferentes de venenos, sendo que 44 desses aditivos
foram proibidos em países europeus. O feijão, associado ao arroz, são os
principais alimentos consumido pela população. As autoridades médicas e
científicas estão preocupadas com o aumento da incidência de doenças oriundas
do consumo de feijão contaminado por agrotóxicos.
Das
709 amostras de feijão analisadas em laboratórios brasileiros, 457 apresentavam
o fungicida CARBENDAZIM. Em oito amostras dos grãos foram detectados
substâncias tóxicas acima do permitido, com destaques ao FEMPROPATINA, FLUTIATOL,
IMIDADOPRIDO, PERMETRINA, PIMIMIFÓS-METÁLICO, PROCIMIDONA e TIAMETOXAM. É quase
certo que o que está acontecendo com o feijão já ocorre com outras culturas, a
exemplo da soja e o arroz, o uso de substâncias tóxicas não permitidas.
É
motivo de preocupação o fato de terem sido identificados resíduos de pimimifós-metálico
e carbendozim em 48 amostras de grãos de feijão. Esses dois agrotóxicos
deixaram de ser aplicados nas lavouras da União Europeia. Em janeiro de 2020 a
ANVISA iniciou o processo de reavaliação desses agrotóxicos, talvez com a
intenção de proibir a sua comercialização no Brasil. Muitas das doenças diagnosticadas
no Brasil e que consomem expressiva parcela do orçamento na área da saúde, como
cânceres e outras enfermidades degenerativas, têm como um dos principais
indutores, alimentos contaminados por agrotóxicos.
O CARBENDOZIM, que é o princípio ativo mais
detectado nas amostras de feijão, sua ação no corpo humano e meio ambiente são devastadores.
Pesquisadores
chegaram à conclusão que o veneno consegue atravessar a placenta e atingir o embrião
ou feto humano, gerando ma formação. Disfunção nas células do fígado,
infertilidade, entre outras doenças podem ter correlação com esse agrotóxico.
Outra
substância tóxica detectada no feijão foi o MANCOZEBE, cujas pesquisas
realizadas em ratos comprovaram ser responsável por alterações no fígado, na tireoide,
além de causar defeitos congênitos. Agencia de vigilância sanitária europeia decidiu
proibir sua comercialização a partir de julho de 2021. No EUA, pesquisas
comprovaram que o mancozebe é responsável por doenças cancerígenas.
No
Brasil, a ANVISA classificou esse agrotóxico como grau mediano de toxidade.
Organizações como o Instituto Nacional do Câncer acreditam que o mancozebe está
associado a alguns cânceres, como o LINFOMA NÃO-HODGKIN. Esse linfoma maligno destrói o sistema
imunológico das células. Nos Estados Unidos centenas de pessoas entraram com
ações na justiça processando a BAYER, principal empresa produtora do glifosato.
A alegação foi de que o Linfoma Não-Hodgkin estar associado ao consumo de
alimentos contaminados com esse herbicida.
Quanto
ao Glifosato, pesquisas confirmam ser esse herbicida o mais comercializado no
mundo. O Brasil lidera o ranque entre os maiores consumidores desse veneno. A
legislação brasileira obriga que tanto o herbicida glifosato como outros
pesticidas, sejam adquiridos a partir da apresentação de receituário. No
entanto, essa regra não é totalmente seguida, sendo o agrotóxico facilmente
adquirido em lojas do ramo. Seu principio ativo pode destruir até 150 espécies
de ervas daninhas. Acontece que com o tempo algumas plantas passam a adquirir
resistência ao produto, razão pela qual, o glifosato poderá estar sendo
atualmente misturado a outros venenos, para dar melhor resultado. Esse veneno é
usado em quase todas as culturas conhecidas no Brasil para secar o mato.
Como
alternativa aos venenos que tanto mal causam a humanidade, a agroecologia vem
apresentando resultados consideráveis e com boa rentabilidade as propriedades
familiares. O uso de sementes crioulas, adubação orgânica e produtos
fitoterápicos para o controle de pragas vêm garantindo boa produção de alimentos
e com elevado teor nutricional. O
problema é que parte da produção de alimentos orgânicos comercializados, uma
pequena parcela da população tem acesso ao mesmo.
O
preço cobrado por esses alimentos impede que populações de baixa renda possam
adquirir. Estimular a agricultura familiar com campanhas de sensibilização sobre
os benefícios de consumir alimentos saudáveis permitirá o aumento da demanda
por tais alimentos. Maior consumo, os preços tenderão a ficar mais acessíveis às
camadas populares.
Prof.
Jairo Cesa
https://www.aenda.org.br/noticia_imprensa/saiba-quais-sao-os-principios-ativos-dos-agrotoxicos-mais-vendidos-no-mundo/
No mundo existe uma ganancia e um busca pelo poder e dinheiro desenfreados. Principios e a propria vida humana são deixados em segundo plano. Acredito que a elite mundial, até apoia estas barbaridades com intuito de "financiar" um redução populacional.
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