terça-feira, 6 de agosto de 2013

Algumas reflexões do Climatologista Luiz Carlos Molion sobre o Resfriando Global 

A partir do final do século passado tornou-se regra geral a ideia de que o planeta terra estava entrando numa fase crítica em decorrência da elevação da temperatura responsável pelo efeito estufa, tendo como protagonistas os combustíveis fósseis que lançavam à atmosfera bilhões de partículas de CO2. Diante dessa ameaça eminente foram desenvolvidas campanhas patrocinadas por organizações internacionais como a ONU propondo soluções para frear o que seria a extinção da vida na terra. Embora os acordos multilaterais sobre políticas sobre redução de poluentes tenham surtido efeitos singelos é voz corrente de setores da sociedade científica mundial que a teoria do aquecimento global não corresponde a realidade. Segundo o professor Luiz, são grandes companhias vinculadas ao comércio de carbono que estão faturando bilhões nas bolsas de valores com a nomenclatura “onda verde”.
Concordar com a versão do resfriamento desconsiderando a ideia do aquecimento requer certos cuidados, pois colocaria em xeque os programas sustentáveis de matrizes energéticas limpas subsidiadas pelo Estado. Afinal de contas quem está dizendo a verdade? O que é importante enfatizar é a idade do planeta terra com seus quatro bilhões de anos do qual passou por transformações significativas até constituir um clima ideal que ofereceu condições favoráveis à vida dentre elas a humana.  Entender a dinâmica natural do clima é imprescindível para proporcionar reflexões consistentes sobre o atual momento do planeta, eximindo-se do risco de lançar opiniões equivocadas pautadas em idéias infundadas com pouca ou nenhuma base científica. Essa foi a proposta do professor Phd em climatologia quando  entrevistado no programa Canal Livre da TV Bandeirantes.
Na sua argumentação o mesmo desconsidera os discursos oficiais que tentam convencer a opinião pública sobre a teoria do aquecimento global não permitindo opiniões diversas sobre tal fenômeno. Lança profundas críticas a ONU, que se exime de promover discussões, mas esclarecedoras sobre os processos cíclicos envolvendo clima, e que há equívocos nas afirmações divulgadas sobre o aquecimento. Sua argumentação é de que a terra está esfriando, cujo CO2 liberado na atmosfera que atingiu os 400 PP/m (partes  por milhão)  não é o vilão do aquecimento, mas o responsável pela vida na terra.  
Anualmente o planeta recebe aproximadamente 200 bilhões de toneladas de Co2, desse total, 6%, o equivalente a pouco mais de 7 bilhões de toneladas são oriundos da ação humana. A existência de mais C02 na atmosfera contribuiu para a proliferação das plantas. Considera os 400 PP/milhão baixos, quando se sabe que a plantas param de funcionar quando os índices chegam a 150 PP/m. Na era do jurássico superior a produção desse gás era muito superior aos dias atuais, chegando a 4000 PP/m. Se os oceanos estão resfriando a tendência é a redução dessa substância na atmosfera e por conseqüência o impacto a produção de plantas.        
De acordo com serviços de meteorologia do Reino Unido, nos últimos 16 anos houve o aumento de CO2 na atmosfera em 8%, porém, a  temperatura manteve-se estável. O que causou mais surpresa gerando noticia num dos jornais mais conceituados daquele país, O Economist, foram as previsões do aumento da temperatura do planeta entre 1ºC a 1,5ºC entre 1990 a 1995 que não se confirmaram, mostrando que o modelos climáticos oficiais estão errados. Diante da possibilidade do aquecimento da terra, os governos foram pressionados a investirem bilhões de dólares em campanhas alertando sobre o perigo que ameaçava o planeta, como também no desenvolvimento de matrizes energéticas limpas, visando substituir as tradicionais. Toda essa paranoia referente ao aquecimento global contribuiu  sim para o aquecimento do marcado de carbono, proporcionando lucros bilionárias nas principais bolsas de valores do planeta. Com o questionamento da teoria do aquecimento, a primeira bolsa de valores a decretar encerramento de suas operações para o Carbono foi a de Chicago/EUA. Na Europa, o parlamento europeu votou contra a liberação de novos subsídios para a compra de carbono, cuja tonelada era negociada até então a 40 Euros. A atitude do parlamento europeu representou perdas equivalentes a 287 bilhões de dólares.
Sobre o derretimento do gelo nas principais montanhas do planeta como o kilimanjaro, na Africa, e das calotas polares no ártico, o estudioso enfatizou que o fenômeno é resultante das variações cíclicos do clima. O caso africano a resposta está acredita-se no resfriamento da temperatura entre 6 a 10 km de altitude, onde se concentram as nuvens com umidade ou devido ao desmatamento no entorno da montanha reduzindo o transporte de umidade para cima. Quanto ao degelo do artigo, se sabe que também é um fenômeno cíclico motivado pela variação do plano orbital da lua na qual influencia no movimento das correntes marítimas que transportam calor dos trópicos para a região do ártico aquecendo a água sob as calotas.
A certeza do resfriamento do clima mundial foi constatada a partir da instalação de mais de três mil boias inteligentes conhecidas pela sigla “ARGO”, que estão mergulhadas a 2000 mil metros e que enviam informações via satélite para centros de monitoramentos. Nos últimos 10 anos as informações obtidas dos oceanos enviadas pelas boias comprovam que a temperatura da água está esfriando e por conseqüência influenciando o clima no planeta. Outro elemento agravante no resfriamento da água do oceano pode ser a baixa atividade solar que se intensificou a partir de 2008, devendo se estender até 2030. Sendo assim, é importante considerar os oceanos e a maior e menor atividade solar são fatores preponderantes nas mudanças climáticas.
Quando se estuda o clima do planeta, durante sua trajetória histórica o mesmo passou e vem passando por processos de aquecimento e resfriamento natural, conhecido tecnicamente por glaciação e interglaciação. De acordo com pesquisas realizadas cada glaciação/resfriamento sua duração é de aproximadamente 100 mil anos, sendo a interglaciação/aquecimento, mais ou menos 12 mil anos. Portanto, já é consenso, que a terra já está na fase glacial há três mil anos, sendo seu ápice ocorrerá daqui a 97 mil anos, quando a temperatura média do planeta terá reduzido 8 a 9 graus centígrado. É importante enfatizar que dentro desses ciclos maiores de calor ou friagem, ocorrem micro-ciclos, como o ocorrido entre 1300 aC, que se estendeu até o começo do século XX, quando o clima resfriou significativamente, comprometendo safras agrícolas, desencadeando epidemias e revoltas populares como as Revoluções America, Francesa as guerras de independências das colônias espanholas e portuguesa na América. A partir de 1914, a temperatura começou a subir e ao mesmo tempo  aumentou da produção de CO2 responsável pela produtividade agrícola, que superou os 30%. 
O processo de resfriamento do planeta é importante ressaltar é mais maléfico que o aquecimento, pois diminui as precipitações de chuvas, tornando invernos mais rigorosos com geadas mais freqüentes em áreas pouco propícias, colocando em risco a produção agrícola. No Brasil, no mês de julho de 2013, muitas cidades catarinenses e Paranaenses, tiveram precipitação de neve comprometendo certamente suas safras. Os ciclos de friagem e aquecimento no Brasil se transcorrem a cada 30 anos aproximadamente, com destaque o resfriamento entre 1946 a 1976 que provocou a dizimação dos cafezais no estado do Paraná.
De 1976 a 1998 as temperaturas dos oceanos, especialmente da costa oeste do pacífico, se elevaram significativamente contribuindo para o surgimento do fenômeno El Nino, intensificando as chuvas, enchentes, furacões, tornados e outros fenômenos naturais. Afinal de contas a partir de que momento o C02 passou a ser visto como o vilão do aquecimento global? De acordo com o professor Luiz Carlos Molion, esse processo ocorreu por volta de 1973 a 1974 no bojo da crise do petróleo, quando o barril era comercializado por 3 dólares. Para ele tudo ocorreu de modo espontâneo e coincidente, ou seja, ao mesmo tempo em que o petróleo teve seu preço elevado, as águas dos oceanos começaram a aquecer. Diante desse fenômeno tudo levava a crer que as causas da elevação da temperatura no planeta tinham alguma relação com a queima de petróleo que elevou a liberação de C02. Portanto, diante desses dois episódios isolados, as comunidades científicas internacionais lançaram alerta de que seria necessário rever as políticas energéticas fósseis em curso, devendo substituí-las por matrizes limpas. Outro aspecto ressaltado pelo professor tentando desconstruir a teoria do aquecimento global é o fato de que expressiva parcela da população está habitando nas cidades, atuando diretamente no solo dando a sensação de calor.
Mesmo diante das campanhas de estímulo a matrizes energéticas limpas, os combustíveis fósseis continuam superando as fontes limpas, tornando países como os Estados Unidos ainda dependentes das importações desses derivados. No entanto, acredita-se que esta dependência está com os dias contados em decorrência da descoberta de uma das maiores reservas de gás de xisto ou Folhelho do mundo em seu território, equivalendo a três arábias sauditas. Acredita-se, que em pouco tempo os Estados Unidos se tornaram auto suficiente na produção desse combustível, podendo reduzir significativamente os preços do barril de petróleo. Caso ocorra, a política do pré-sal brasileiro poderá se transformar em um grande fracasso econômico, pois a extração e beneficiamento do combustível ficarão inviabilizados devido ao alto custo.
O que gera apreensão em relação ao gás de folhelho é o seu impacto destrutível ao ambiente quando é extraído, liberando gás metano que  contamina os lençóis freáticos.  Seus defensores alegam que depois de extraído, é menos poluente que as termas a carvão. Seguindo essa tendência tudo indica que o novo combustível colocará em xeque as políticas das matrizes de  renováveis. O que pode ocorrer nos Estados Unidos é a sansão de leis para impedir a exploração desse combustível, porém, acredita-se que os lobbies políticos não permitirão que isso ocorra.
O que é importante na fala do professor Luiz Carlos Molion quando o mesmo aborda um tema tão polêmico e complexo é a sua ousadia em lançar opiniões contrárias as teorias que ressaltam o aquecimento global. É necessário ter cuidado na analise de suas considerações, pois poderá servir de pretexto para por fim as inúmeras políticas ou campanhas que estão em vigor combatendo as ações depredatórias do planeta. As campanhas de combate ao desmatamento especialmente do ecossistema amazônico devem ser intensificadas, pois a floresta possui um rico acervo genético como também atua na regularização do clima do planeta. Sua conservação permite que 10% das chuvas fiquem retidas nas suas folhas, sendo o restante absorvido pelo solo que proporciona a recarga dos afluentes que abastecem o Rio Amazonas.

Prof. Jairo Cezar             

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