sábado, 6 de agosto de 2011

Uma breve reflexão acerca das Inteligências Múltiplas de Howard Gardner
Prof - Jairo Cezar
A inteligência é um potencial biológico e está associada a capacidade de resolver problemas, desenvolver projetos que sejam socialmente úteis. É a partir desta compreensão que Gardner desenvolveu uma ampla pesquisa, de caráter empírico, e cujo resultado foi constatar que os indivíduos não possuem apenas uma inteligência, mas várias inteligências, na qual denominou de Inteligências Múltiplas, sendo elas: linguística, musical, corporal cinestésica, especial, interpessoal e intrapessoal.
Essas inteligências são as capacidades que o ser humano desenvolve para solucionar certos problemas decorridos no processo de sua existência. É importante ressaltar que as inteligências são múltiplas quando assume a idéia de que as pessoas são diferentes, que aprendem de forma distinta. No momento da criação ou da resolução de problemas, ela se manifesta, uma puxando a outra, numa combinação de inteligências, levando a criação e o aprendizado.
Além das sete inteligências múltiplas conhecidas, Gardner destacou outras, sendo elas a Inteligência naturalista ou ambientalista (pensar o meio de forma integrado) e a espiritual-meditação ( a fé como forma de cura).
As inteligências são independentes, localizam em pontos diferentes do cérebro, mas trabalham juntas. Ao longo da vida, as Inteligências se combinam para resolver problemas. Tanto Piaget como Vygotsky foram fundamentais na construção da teoria das Inteligências Múltiplas de Gardner. No entanto, em relação a Piaget, Gardner criticou o construtivismo de Piaget, afirmando que o mesmo não estudou o desenvolvimento da inteligência humana em sentido amplo, mas no sentido lógico matemático.
Para que sua proposta obtenha resultados mais satisfatórios, Gardner deu muita importância à metodologia, partindo do princípio de que a educação deva ser personalizada, ou seja, o educador, quando em contado com os educando, deve olhar a todos e a cada um ao mesmo tempo. Pois, para as inteligências múltiplas, nenhum estudante deveria ficar para trás, entender que as crianças são diferentes, aprendem em tempos diferentes, de formas diferentes.
A aplicação de atividades diversificadas, de livre escolha, trocar experiências, reunir alunos de séries diferentes, são fundamentais para o aprendizado. É necessário eliminar o olhar classificatório, acusador. A avaliação, para Gardner, é uma lente para ajudar o professor a ensinar. Portanto, as inteligências múltiplas não têm a pretensão de testar, se observa, de forma empírica. Outro elemento importante nessa teoria é de que uma inteligência não é o mesmo que uma disciplina. É um potencial biológico, psicológico, condicionado a nossa espécie, enquanto que a disciplina é uma construção social.
É importante ter claro, na aplicabilidade das Inteligências múltiplas, o que  realmente a escola o  pretende, qual o projeto da escola para cada aluno. Ao planejar uma forma de estudo, é importante pensar quais os veículos que aqueles assuntos chegam ao aluno, que pode ser através vídeos, atividades problemas, textos, debates, etc. Educar, portanto, deve ser para a compreensão, é colocar o estudante frente ao desfio, pois a escola é lugares para pensar coisas diferentes, que considera as pessoas como sujeitos diferentes, que compreenda o conhecimento como um bem e não como um conjunto de informações passageiras.

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