segunda-feira, 25 de agosto de 2025

 

O GENOCÍDIO ESCANCARADO NA FAIXA DE GAZA

Havia expectativa que o mundo pós pandemia do Corona Vírus pudesse tornar o gênero humano mais tolerável, mais sensível, frente a sua fragilidade como que habita o planeta terra. Guerras, realinhamentos geopolíticos e até mesmo planos deliberados de extermínio em massa, a exemplo da Palestina, passaram a dominar os noticiários dos telejornais do mundo inteiro. O conflito envolvendo a Rússia e a Ucrânia, e os ataques aéreos israelenses contra o Irã fez brotar no imaginário coletivo, Hiroshima e Nagasaki, cidades japonesas arrasadas por bombas nucleares lançadas em 1945 pelos Estados Unidos.

Dos dois conflitos acima mencionados, o que chama mais atenção é a investida militar israelense na faixa de gaza, no sul de Israel, onde mais de 2 milhões de palestinos vivem num enclave contendo pouco mais de 300 km quadrados de extensão. Desde outubro de 2023, quando integrantes do Hamas, romperam a cerca que separa Gaza do território israelense, sequestrando centenas de cidadãos judeus, a vida dos civis palestinos virou um inferno. A ação militar israelense, combinada com o cerco a entrada de ajuda humanitária à população de Gaza, já resultaram em mais de 60 mil palestinos mortos, entre outras milhares que estão sob os escombros das construções destruídas pelas bombas.

Diariamente os jornais noticiam o lançamento de bombas sobre áreas densamente habitadas em gaza, sempre gerando dezenas, centenas de vítimas fatais. A justificativa apresentada pelo governo genocida de Israel aos ataques, tem como alvo os “terroristas” do Hamas. Alega o governo que enquanto a força do Hamas não for completamente destruída, não será possível avançar nos acordos de paz na região. Os ataques israelenses ocorridos na capital da Síria, Damasco, em Teerã, e contra os grupos Houthis, no Yemen, são provas incontestáveis do plano israelense de guerra permanente na região, como estratégia de se “proteger”.

Quando o governo iraniano respondeu aos ataques israelenses com uma chuva de misseis, incapacitando até os “tombos de ferro” de impedir muitos de atingirem áreas densamente habitadas de Tel Aviv, rapidamente, o governo de Benjamim Netanyahu tomou a decisão de recuar suas ações de respostas contra o país persa. Agora isso não acontece com o território palestino, cujo poderio bélico de reação do Hamas, é infinitamente inferior ao de Israel. Essa desproporção garante o esmagamento não dos ditos terroristas, mas dos civis, começando com os mais frágeis, crianças, mulheres, idosos, se estendendo ao resto da população.

Não há mais como duvidar que a política do governo israelense é pulverizar o povo palestino. Os ataques com bombas principalmente em hospitais viraram rotina no enclave de Gaza. O mais recente ocorreu nesse dia 25 de agosto de 2025, onde um ataque aéreo destruiu o Hospital Nasser, matando ao menos 20 pessoas incluindo 5 jornalistas. O que é mais revoltante é saber que mesmo com toda essa carnificina contra os palestinas, não há qualquer sansão ao governo israelense. Grande parte das armas e do dinheiro que patrocinam esse genocídio deliberado, vem dos Estados Unidos, um dos principais aliados de Israel. Nem mesmo a ONU consegue impor suas políticas para frear a matança em Gaza.

Quando assisti uma rede de televisão internacional com atuação no Brasil, reportando o ocorrido em gaza, prestei a atenção nos comentários relatados abaixo do noticiário. Fiquei pasmo quando detectei que expressiva parcela das opiniões defendia tacitamente o governo israelense pelos ataques, porque os mortos eram todos terroristas ou apoiadores destes.  São posições que ultrapassam os limites decência, e que comprovam que a existência humana nesse pequeno planeta foi um equívoco cósmico.

Prof. Jairo Cesa

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário