domingo, 24 de junho de 2018


O CONTROVERSO E BREVE  REINADO DO CZAR PAULO I, FILHO DE CATARINA (A GRANDE) DA RÚSSIA

Czar Paulo I - da Rússia

Ao mesmo tempo em que Catarina adotou uma política transformando São Petersburgo em uma das cidades mais modernas e fascinantes do mundo a um custo extremamente elevado para o povo, PAULO I, talvez por vingança pelo modo imoral como sua mãe se comportara durante seu reinado, um dos seus primeiros atos como imperador foi sancionar decreto proibindo que mulheres ascendessem ao trono na RÚSSIA. Outra atitude questionável foi à exumação dos restos mortais de seu pai sepultado ao lado de sua mãe, Catarina II. Foi um procedimento que não lhe pouparam críticas, bem como dúvidas sobre suas intenções, que muitos acreditam querer mostrar aos súditos que Catarina conquistou o trono por graça de PEDRO, não por competência.
O que de fato causou apreensão e preocupação dos nobres russos foram as propostas de reformas estruturais encaminhadas por PAULO. Dentre as previstas estavam o corte de despesas judiciais; a simplificação do aparto judicial; a proibição dos proprietários rurais de forçar os servos a trabalharem aos domingos e o aumento de impostos aos nobres. É claro que qualquer um que ocupasse um espaço tão importante como o trono russo, com propostas consideradas um tanto progressistas, ameaçando o status quo da nobreza poderia resultar no que resultou, ou seja, transformar o Czar Paulo em uma figura desprezível ao ponto de questionar sua idoneidade mental, taxando-o de “louco”.
Sua morte que foi fruto de uma conspiração, que segundo os próprios historiadores, o próprio filho tinha conhecimento, representou para a classe dominante a expectativa do retorno aos tempos áureos quando CATARINA II governava. O próprio monarca PAULO dizia que: “na metade do seu reinado tudo será como foi durante o tempo da minha avó”. Ele estava se referindo a Imperatriz ISABEL.
A Rússia depois da morte de PAULO I, em 1804, vários episódios importantes como as GUERRAS NAPOLEÔNICAS e a GUERRA DA CRIMÉIA contribuíram para cada vez mais minar as estruturas autocráticas, “mãos de ferro”. Esse sistema de  governo justificava sua existência como necessária para garantir a governabilidade de um território tão extenso e diverso em termos étnicos. Depois da morte prematura do CZAR PAULO I, a RÚSSIA, antes da REVOLUÇÃO BOLCHEVIQUE de 1917 teve mais cinco imperadores, tendo ALEXANDRE II, (1855 a 1881), sua vida abreviada em decorrência de um atentado a bomba que sofreu na cidade de SÃO PETERSBURGO. 

Prof. Jairo Cezar


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