ESTUDANTE DO CURSO DE ENGENHARIA DE ENERGIA DA UFSC/ARARANGUÁ DESENVOLVE PESQUISA SOBRE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM SISTEMA DE ILUMINAÇÃO NA EEB-ARARANGUÁ
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BIBLIOTECA |
Em
2018, a acadêmica do curso de Engenharia de Energia da UFSC, Cláudia Dewes,
depois de conhecer o projeto Escola Sustentável da EEBA, decidiu escolher a
própria escola como objeto investigativo para a sua pesquisa. Já que a proposta
original do projeto iniciado há três anos era trabalhar a contenção dos
desperdícios de energia elétrica na EEBA,
que em 2017 foi acrescentado o tema água e a inclusão da professora de
geografia Maria de Fátima Maccarini na coordenação, a acadêmica se propôs
desenvolver projeto de TCC para analisar a eficiência energética em sistema de
iluminação na EEBA. A proposta da acadêmica foi elaborar projeto luminotécnico via software para os ambientes do futuro prédio da escola cujo início da
construção está programado para o segundo semestre de 2019.
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Foram
inúmeras visitas feitas pela acadêmica na EEBA, com a tarefa de promover
medições nos corredores, salas de aula e demais ambientes, observando a
quantidade, tipo e potência das lâmpadas distribuídas em cada espaço. A
participação do grupo de estudantes que integra o projeto sustentabilidade da
escola foi importante na primeira etapa de sua pesquisa, onde prestaram
assessoria nas medições. O trabalho investigativo continuou por mais alguns
meses, sendo encerrando no mês de maio de 2019, quando foram realizadas novas
conferências das lâmpadas disponíveis por cada ambiente, quantas funcionavam,
queimadas, potência, fluxo luminoso, etc.
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Desde
os primeiros encontros com os estudantes e efetuada as análises das condições
de luminância dos cômodos, a
pesquisadora se mostrava assustada com a iluminância dos ambientes disponíveis, muito aquém do padrão mínimo indicado pela NBR. A
proposta na qual inspirou a pesquisadora era fazer com que os dados de iluminância simulados no software fossem inseridos ao projeto do novo prédio
da EEBA, programada para iniciar no segundo semestre de 2019. É importante
destacar que todo o processo de simulação de iluminância executado foi utilizado
como instrumento de mediação a planta baixa do projeto disponibilizada pela ADR
(Agência de Desenvolvimento Regional).
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Concluída
todas as etapas da pesquisa, chegou o momento de apresentá-la à banca
examinadora, constituída pelo Prof. Orientador, Luciano Lopes Pfitcher, o mestrando de engenharia de energia da UFSC, Douglas de Matos Magnos e o professor adjunto de engenharia de energia, César Cataldo Sharlau, ambos reunidos nas dependências do campus da UFSC/Araranguá em 09 de julho de 2019. Por
cerca duas horas o tema em questão foi abordado com desenvoltura pela acadêmica,
onde confessou que nas suas investigações bibliográficas não identificou outro
trabalho similar ao seu, ao tratar de projeto lumionotécnico para todas as dependências de uma escola pública.
No
começo de sua defesa afirmou que os índices recomendáveis de iluminância para
todos os ambientes públicos e particulares são regulados por normativas brasileiras, mas que a NR-17 (Norma
Reguladora 17), estipula que todos os locais de trabalho devem possuir uma condição de iluminação adequada as atividades ali desempenhada. A pesquisa desenvolvida na EEBA, em 24 ambientes no primeiro piso e 19 no superior, teve
por objetivo avaliar a quantidade de lâmpadas disponíveis, as condições das mesmas
e se ambas apresentavam índices de iluminância compatíveis as normas legais.
Esclareceu que no campo investigativo, o primeiro passo foi a realização de
medições em cada espaço, com a indicação de pontos fixados no piso, conforme
metodologia aplicada.
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Para
saber as condições de iluminância de cada ambiente, se ambos estavam em
conformidade com as normativas em vigor, a pesquisadora se utilizou de um luxímetro.
Os levantamentos foram realizados nos três turnos, sendo que o período noturno
a deficiência de luz foi superior aos demais turnos. Um dos graves problemas identificados pela
pesquisadora durante sua abordagem foi o elevado número de lâmpadas queimadas,
que tornavam todos os espaços incompatíveis ao satisfatório desempenho das
atividades pretendidas.
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Citou
o exemplo da sala dos professores, que possuía 16 lâmpadas com 640w de potência
ao todo, sendo que 6 delas, 240w,
estavam queimadas. Subtraindo o valor total de potência das lâmpadas com
as inutilizadas, a quantidade de potência real ficou reduzida para 400w, sendo que esses 400w de lâmpadas em funcionamento apresentam um valor muito baixo de fluxo luminoso, deixando esse ambiente com uma quantidade de iluminância inferior ao que as normativas indicam. Destacou também que no piso
superior todos os ambientes apresentaram alguma deficiência de luminosidade,
pois foram contabilizadas cinqüenta lâmpadas queimadas ao todo.
Na
simulação que fez usando um software, constatou que serão necessárias no andar
térreo 110 lâmpadas e não as atuais 171 para assegurar um fluxo luminoso satisfatório
aos ambientes. No andar superior das 177 lâmpadas existentes a quantidade seria
também reduzida para 111, todas do tipo LED. Um aspecto relevante nos dados
relatados foi a constatação de o andar inferior da escola apresentar um déficit
de 63% de fluxo luminoso, enquanto que no segundo piso esse déficit é de 53%. A
conclusão que chegou a pesquisadora é que a redução no número de lâmpadas
instaladas por cada piso não irá comprometer a luminosidade dos ambientes. Tal certeza está fundamentada na experiência do
uso da tecnologia LED, cujas lâmpadas oferecem elevado fluxo luminoso sem afetar significativamente o consumo de energia.
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Nas
arguições dos professores que compunham a banca ambos foram unânimes em afirmar
que a o trabalho realizado pela acadêmica era de grande relevância no campo da
sustentabilidade e eficiência energética. Além do mais enfatizaram que o mesmo
deve ser aplicado no campo prático. A pesquisadora respondeu que a intenção da
pesquisa é torná-la prática, fazendo com que o Estado se sensibilize,
adequando-a ao novo prédio da EEBA.
O
professor Jairo, que coordena o projeto junto com a professora Maria de Fátima,
fez uma breve exposição do projeto sustentabilidade da escola e que inspirou a
acadêmica, afirmando que o TCC em questão poderá se transformar no divisor de
água entre dois momentos distintos no seguimento de energia elétrica nas escolas públicas do
Estado, a tradicional baseada no desperdício, e a futura, fundamentada na
sustentabilidade, no uso eficiente e de
baixo custo financeiro aos cofres do
Estado.
Na
fala do professor orientador da acadêmica o mesmo deixou explícito que desenvolvendo
algumas ações práticas a exemplo das medições que o fez em alguns ambientes da
escola em 2017, onde lâmpadas convencionais foram substituídas por outras mais
eficientes, os valores na conta de luz da EEBA foram reduzidos
significativamente. Esses exemplos de pequenas adaptações em sistemas de
iluminação no ambiente escolar somada as precariedades enfrentadas por essa e
outras escolas nesse setor, foi o que motivou a acadêmica Cláudia Dewer a
desenvolver sua pesquisa cujo título é: “Análise de Eficiência Energética em
Sistema de Iluminação: Um Estudo de Caso na Escola de Educação Básica de
Araranguá.
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Tendo
como premissa da pesquisa a sua implementação em unidades de ensino da rede
pública estadual de ensino, a exemplo da EEB-Araranguá, o acordo firmado entre
a pesquisadora e a coordenação do projeto sustentabilidade era de que concluído
o trabalho, o mesmo fosse apresentado na escola. Por sua relevância ambiental e
econômica, serão encaminhados convites à acompanharem a apresentação do projeto
ao Gerente Regional da Gered/Araranguá; ao Secretário Regional de Infraestrutura da ADR/Araranguá; ao responsável da empresa vencedora da
licitação à reforma da EEBA e ao Secretário de Infraestrutura do Estado de
Santa Catarina.
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A
intenção do encontro com a pesquisadora é mostrar ao público o impacto positivo
do projeto sustentabilidade em andamento na escola, as parcerias realizadas e
seus desdobramentos. Informar que as ações já executadas proporcionaram
mudanças significativas de hábitos comportamentais e em economia de energia
elétrica e água na escola e residência dos estudantes. No final da exposição, se
tentará costurar acordo com o governo para que os resultados da pesquisa sobre
eficiência energética sejam adaptados ao projeto de iluminação do prédio novo
da escola.
Prof.
Jairo Cezar
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SALA DE AULA |
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SALA DE AULA |
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SALA DE AULA |
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SALA DE AULA |
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SECRETARIA |
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SECRETARIA |
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SECRETARIA |
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DIREÇÃO |
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HALL DE ENTRADA |
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SALA DE XEROX - VISTA LATERAL |
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CORREDORES |
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BANHEIRO FEMININO - TÉRREO |
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BIBLIOTECA |
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BIBLIOTECA |
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