Algumas reflexões do Climatologista Luiz
Carlos Molion sobre o Resfriando Global
A partir do final do século passado
tornou-se regra geral a ideia de que o planeta terra estava entrando numa fase
crítica em decorrência da elevação da temperatura responsável pelo efeito
estufa, tendo como protagonistas os combustíveis fósseis que lançavam à atmosfera
bilhões de partículas de CO2. Diante dessa ameaça eminente foram desenvolvidas
campanhas patrocinadas por organizações internacionais como a ONU propondo soluções
para frear o que seria a extinção da vida na terra. Embora os acordos
multilaterais sobre políticas sobre redução de poluentes tenham surtido efeitos
singelos é voz corrente de setores da sociedade científica mundial que a teoria
do aquecimento global não corresponde a realidade. Segundo o professor Luiz,
são grandes companhias vinculadas ao comércio de carbono que estão faturando
bilhões nas bolsas de valores com a nomenclatura “onda verde”.
Concordar com a versão do resfriamento
desconsiderando a ideia do aquecimento requer certos cuidados, pois colocaria
em xeque os programas sustentáveis de matrizes energéticas limpas subsidiadas
pelo Estado. Afinal de contas quem está dizendo a verdade? O que é importante enfatizar
é a idade do planeta terra com seus quatro bilhões de anos do qual passou por
transformações significativas até constituir um clima ideal que ofereceu
condições favoráveis à vida dentre elas a humana. Entender a dinâmica natural do clima é imprescindível
para proporcionar reflexões consistentes sobre o atual momento do planeta,
eximindo-se do risco de lançar opiniões equivocadas pautadas em idéias
infundadas com pouca ou nenhuma base científica. Essa foi a proposta do
professor Phd em climatologia quando
entrevistado no programa Canal Livre da TV Bandeirantes.
Na sua argumentação o mesmo desconsidera
os discursos oficiais que tentam convencer a opinião pública sobre a teoria do
aquecimento global não permitindo opiniões diversas sobre tal fenômeno. Lança
profundas críticas a ONU, que se exime de promover discussões, mas
esclarecedoras sobre os processos cíclicos envolvendo clima, e que há equívocos
nas afirmações divulgadas sobre o aquecimento. Sua argumentação é de que a
terra está esfriando, cujo CO2 liberado na atmosfera que atingiu os 400 PP/m (partes
por milhão) não é o vilão do aquecimento, mas o
responsável pela vida na terra.
Anualmente o planeta recebe aproximadamente
200 bilhões de toneladas de Co2, desse total, 6%, o equivalente a pouco mais de
7 bilhões de toneladas são oriundos da ação humana. A existência de mais C02 na
atmosfera contribuiu para a proliferação das plantas. Considera os 400 PP/milhão
baixos, quando se sabe que a plantas param de funcionar quando os índices chegam
a 150 PP/m. Na era do jurássico superior a produção desse gás era muito superior
aos dias atuais, chegando a 4000 PP/m. Se os oceanos estão resfriando a
tendência é a redução dessa substância na atmosfera e por conseqüência o impacto
a produção de plantas.
De acordo com serviços de meteorologia
do Reino Unido, nos últimos 16 anos houve o aumento de CO2 na atmosfera em 8%,
porém, a temperatura manteve-se estável.
O que causou mais surpresa gerando noticia num dos jornais mais conceituados
daquele país, O Economist, foram as previsões do aumento da temperatura do
planeta entre 1ºC a 1,5ºC entre 1990 a 1995 que não se confirmaram, mostrando que
o modelos climáticos oficiais estão errados. Diante da possibilidade do
aquecimento da terra, os governos foram pressionados a investirem bilhões de
dólares em campanhas alertando sobre o perigo que ameaçava o planeta, como
também no desenvolvimento de matrizes energéticas limpas, visando substituir as
tradicionais. Toda essa paranoia referente ao aquecimento global contribuiu sim para o aquecimento do marcado de carbono, proporcionando
lucros bilionárias nas principais bolsas de valores do planeta. Com o
questionamento da teoria do aquecimento, a primeira bolsa de valores a decretar
encerramento de suas operações para o Carbono foi a de Chicago/EUA. Na Europa,
o parlamento europeu votou contra a liberação de novos subsídios para a compra
de carbono, cuja tonelada era negociada até então a 40 Euros. A atitude do
parlamento europeu representou perdas equivalentes a 287 bilhões de dólares.
Sobre o derretimento do gelo nas
principais montanhas do planeta como o kilimanjaro, na Africa, e das calotas
polares no ártico, o estudioso enfatizou que o fenômeno é resultante das variações
cíclicos do clima. O caso africano a resposta está acredita-se no resfriamento
da temperatura entre 6 a 10 km de altitude, onde se concentram as nuvens com umidade
ou devido ao desmatamento no entorno da montanha reduzindo o transporte de
umidade para cima. Quanto ao degelo do artigo, se sabe que também é um fenômeno
cíclico motivado pela variação do plano orbital da lua na qual influencia no
movimento das correntes marítimas que transportam calor dos trópicos para a região
do ártico aquecendo a água sob as calotas.
A certeza do resfriamento do clima
mundial foi constatada a partir da instalação de mais de três mil boias inteligentes conhecidas pela sigla “ARGO”, que estão mergulhadas a 2000 mil
metros e que enviam informações via satélite para centros de monitoramentos.
Nos últimos 10 anos as informações obtidas dos oceanos enviadas pelas boias comprovam que a temperatura da água está esfriando e por conseqüência
influenciando o clima no planeta. Outro elemento agravante no resfriamento da
água do oceano pode ser a baixa atividade solar que se intensificou a partir de
2008, devendo se estender até 2030. Sendo assim, é importante considerar os
oceanos e a maior e menor atividade solar são fatores preponderantes nas
mudanças climáticas.
Quando se estuda o clima do planeta, durante
sua trajetória histórica o mesmo passou e vem passando por processos de
aquecimento e resfriamento natural, conhecido tecnicamente por glaciação e
interglaciação. De acordo com pesquisas realizadas cada glaciação/resfriamento sua
duração é de aproximadamente 100 mil anos, sendo a interglaciação/aquecimento, mais
ou menos 12 mil anos. Portanto, já é consenso, que a terra já está na fase
glacial há três mil anos, sendo seu ápice ocorrerá daqui a 97 mil anos, quando
a temperatura média do planeta terá reduzido 8 a 9 graus centígrado. É
importante enfatizar que dentro desses ciclos maiores de calor ou friagem,
ocorrem micro-ciclos, como o ocorrido entre 1300 aC, que se estendeu até o começo
do século XX, quando o clima resfriou significativamente, comprometendo safras
agrícolas, desencadeando epidemias e revoltas populares como as Revoluções America,
Francesa as guerras de independências das colônias espanholas e portuguesa na
América. A partir de 1914, a temperatura começou a subir e ao mesmo tempo aumentou da produção de CO2 responsável pela
produtividade agrícola, que superou os 30%.
O processo de resfriamento do planeta é importante
ressaltar é mais maléfico que o aquecimento, pois diminui as precipitações de
chuvas, tornando invernos mais rigorosos com geadas mais freqüentes em áreas
pouco propícias, colocando em risco a produção agrícola. No Brasil, no mês de
julho de 2013, muitas cidades catarinenses e Paranaenses, tiveram precipitação
de neve comprometendo certamente suas safras. Os ciclos de friagem e
aquecimento no Brasil se transcorrem a cada 30 anos aproximadamente, com
destaque o resfriamento entre 1946 a 1976 que provocou a dizimação dos cafezais
no estado do Paraná.
De 1976 a 1998 as temperaturas dos
oceanos, especialmente da costa oeste do pacífico, se elevaram
significativamente contribuindo para o surgimento do fenômeno El Nino, intensificando
as chuvas, enchentes, furacões, tornados e outros fenômenos naturais. Afinal de
contas a partir de que momento o C02 passou a ser visto como o vilão do
aquecimento global? De acordo com o professor Luiz Carlos Molion, esse processo ocorreu por
volta de 1973 a 1974 no bojo da crise do petróleo, quando o barril era
comercializado por 3 dólares. Para ele tudo ocorreu de modo espontâneo e
coincidente, ou seja, ao mesmo tempo em que o petróleo teve seu preço elevado,
as águas dos oceanos começaram a aquecer. Diante desse fenômeno tudo levava a
crer que as causas da elevação da temperatura no planeta tinham alguma relação
com a queima de petróleo que elevou a liberação de C02. Portanto, diante desses
dois episódios isolados, as comunidades científicas internacionais lançaram
alerta de que seria necessário rever as políticas energéticas fósseis em curso,
devendo substituí-las por matrizes limpas. Outro aspecto ressaltado pelo
professor tentando desconstruir a teoria do aquecimento global é o fato de que
expressiva parcela da população está habitando nas cidades, atuando diretamente
no solo dando a sensação de calor.
Mesmo diante das campanhas de estímulo a
matrizes energéticas limpas, os combustíveis fósseis continuam superando as
fontes limpas, tornando países como os Estados Unidos ainda dependentes das
importações desses derivados. No entanto, acredita-se que esta dependência está
com os dias contados em decorrência da descoberta de uma das maiores reservas
de gás de xisto ou Folhelho do mundo em seu território, equivalendo a três
arábias sauditas. Acredita-se, que em pouco tempo os Estados Unidos se tornaram
auto suficiente na produção desse combustível, podendo reduzir
significativamente os preços do barril de petróleo. Caso ocorra, a política do
pré-sal brasileiro poderá se transformar em um grande fracasso econômico, pois a
extração e beneficiamento do combustível ficarão inviabilizados devido ao alto
custo.
O que gera apreensão em relação ao gás
de folhelho é o seu impacto destrutível ao ambiente quando é extraído, liberando
gás metano que contamina os lençóis
freáticos. Seus defensores alegam que depois
de extraído, é menos poluente que as termas a carvão. Seguindo essa tendência
tudo indica que o novo combustível colocará em xeque as políticas das matrizes
de renováveis. O que pode ocorrer nos
Estados Unidos é a sansão de leis para impedir a exploração desse combustível, porém,
acredita-se que os lobbies políticos não permitirão que isso ocorra.
O que é importante na fala do professor
Luiz Carlos Molion quando o mesmo aborda um tema tão polêmico e complexo é a sua ousadia em
lançar opiniões contrárias as teorias que ressaltam o aquecimento global. É
necessário ter cuidado na analise de suas considerações, pois poderá servir de
pretexto para por fim as inúmeras políticas ou campanhas que estão em vigor
combatendo as ações depredatórias do planeta. As campanhas de combate ao
desmatamento especialmente do ecossistema amazônico devem ser intensificadas,
pois a floresta possui um rico acervo genético como também atua na
regularização do clima do planeta. Sua conservação permite que 10% das chuvas
fiquem retidas nas suas folhas, sendo o restante absorvido pelo solo que
proporciona a recarga dos afluentes que abastecem o Rio Amazonas.
Prof. Jairo Cezar
Nenhum comentário:
Postar um comentário